O prédio público situado na esquina da Rua Coronel Bordini com Rua Marquês do Pombal, dedicado à educação desde 1928, passou por várias transformações ao longo dos anos. Originalmente conhecido como “Escolas Reunidas da Rua Coronel Bordini”, depois “Escola Estadual de Ensino Fundamental Daltro Filho”, e nos últimos 40 anos, “NEEJA Paulo Freire”. Quase um século de dedicação à educação foi interrompido abruptamente em março de 2024, quando a Secretaria da Educação decidiu fechar o edifício.
A decisão de fechar o NEEJA Paulo Freire desconsidera a memória histórica e a localização geográfica, essenciais para a Educação de Jovens e Adultos (EJA). A mudança para a extinta Escola Felipe de Oliveira, próxima da Avenida Ipiranga, trouxe dificuldades significativas para a comunidade da Zona Norte, do Humaitá e do 4° Distrito, regiões já severamente afetadas pela enchente de maio. Além disso, a população da região Metropolitana, incluindo cidades como Canoas, também foi prejudicada.
O governo Eduardo Leite/Raquel Teixeira enfrenta críticas por essa mudança, que dificulta o acesso à educação para jovens e adultos do NEEJA Paulo Freire. O edifício histórico que serviu à educação por quase 100 anos será convertido em um “arquivo morto da SEDUC”, uma decisão que gerou revolta entre educadores e a comunidade local.
O professor Sílvio Alexandre, do NEEJA Paulo Freire, faz um apelo à população para denunciar essa situação. Ele destaca a importância de preservar a memória de Paulo Freire e o legado educativo do prédio, pedindo apoio para reverter essa decisão e garantir o direito à educação de qualidade para todos.
