Falta de verba no MEC ameaça entrega de livros didáticos para 2026
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Foto: Pixabay/Ilustrativa

Falta de verba no MEC ameaça entrega de livros didáticos para 2026

Também preocupada, a Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos (ABRALE) considera a medida um retrocesso

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Alunos dos anos iniciais do ensino fundamental da rede pública só deverão receber novos livros de Português e Matemática em 2026, devido à falta de verba do Ministério da Educação (MEC). A informação foi divulgada pela Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais (Abrelivros), que afirma ter sido alertada pelo MEC sobre a limitação orçamentária. A situação também afeta estudantes dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, que podem receber os materiais com atraso ou em quantidades reduzidas.

Para o ensino médio, a previsão é que apenas 60% das escolas ou alunos recebam os novos livros no início do ano letivo, sendo o restante atendido apenas entre maio e junho. A compra será feita em duas etapas, pois os livros precisam ser reformulados para se adequar ao novo modelo do ensino médio. Já para os anos finais do fundamental, deve haver reposição parcial, apenas em algumas disciplinas. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é a única etapa com aquisição garantida, segundo nota do FNDE, órgão vinculado ao MEC e responsável pela logística do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD).

A Abrelivros estima que seriam necessários ao menos R$ 3 bilhões para atender toda a demanda, mas o orçamento aprovado é de apenas R$ 2 bilhões. Segundo o presidente da entidade, Ângelo Xavier, se o pedido de compra não for feito até o fim de agosto, não haverá tempo suficiente para impressão e distribuição antes do início do ano letivo de 2026. Ele alerta ainda que, pela primeira vez, o MEC deixará de comprar livros de todas as disciplinas, o que pode afetar profundamente o planejamento pedagógico nas escolas.

Também preocupada, a Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos (ABRALE) considera a medida um retrocesso. Em nota, a entidade destacou que o uso dos livros é essencial para o ciclo de planejamento dos professores, especialmente nos anos iniciais, e criticou o risco de que disciplinas como História, Geografia, Ciências e Arte sejam vistas como menos importantes. A ABRALE e a Abrelivros pedem que o MEC reveja a decisão e busque alternativas orçamentárias para garantir o fornecimento completo dos materiais.

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