A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) recebeu em seu gabinete o professor Gilvan Andrade, servidor da rede municipal de Cachoeirinha há mais de 30 anos. O educador relatou episódios de perseguição política dentro da administração pública local, afirmando que foi alvo de retaliação após se manifestar em suas redes sociais com críticas à atual gestão municipal.
Segundo Andrade, ele foi convocado para uma conversa sobre sua “postura” nas redes e pressionado a moderar suas opiniões. Ao se recusar, foi posteriormente submetido a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), com base em um artigo que proíbe manifestações “depreciativas” contra autoridades. A deputada Luciana Genro classificou o ato como uma “interpretação autoritária da lei” e destacou que as publicações ocorreram em perfil pessoal, sem ligação com os canais da prefeitura.
Além de Gilvan, outros servidores públicos também relataram situações semelhantes. A orientadora educacional Ana Paula dos Santos e o professor Guilherme Runge foram alvo de processos após denunciarem casos de racismo, misoginia, LGBTfobia e capacitismo em audiência da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, junto ao Sindicato dos Municipários de Cachoeirinha (SIMCA).
Luciana Genro declarou que continuará acompanhando os casos e exigirá providências das autoridades competentes. Para a parlamentar, a liberdade de expressão é um direito fundamental que deve ser protegido contra tentativas de censura.
ALRS.

