Um episódio que se tornou viral nas redes sociais antes do jogo entre Fluminense e Internacional no Maracanã. Um torcedor tricolor filmou o momento em que um indivíduo no setor de visitantes usava uma máscara de macaco e fazia gestos em direção aos torcedores adversários. Ao contrário de outros incidentes comuns em estádios, este não foi um ato racista, mas sim uma referência à tradição do clube gaúcho, que se orgulha de sua identificação como “Clube do Povo” e promove a inclusão racial.
Naquela época, os irmãos Poppe, de origem italiana, estavam em busca de um clube gaúcho onde pudessem praticar esportes, especialmente o futebol. Eles tentaram vários clubes, mas devido às suas origens, foram rejeitados. Foi então que decidiram fundar um clube que abrisse suas portas para pessoas de todas as nacionalidades.
Essa tradição inclusiva permanece como uma característica distintiva do Internacional, que acolhe não apenas pessoas de diferentes nacionalidades, mas também diversas origens raciais e socioeconômicas. Isso é motivo de orgulho para o clube, que se autodenomina “Clube do Povo”. Além da referência ao macaco, o Inter também adota o Saci-Pererê como mascote.
O motorista de van, Daniel Araújo, de 40 anos, relata que estava no setor Leste Superior, próximo ao setor Norte Superior, destinado à torcida visitante, quando registrou o incidente. Ele alega que o torcedor colorado, além de usar a máscara, fez gestos racistas, embora esses gestos não tenham sido identificados nas imagens disponíveis. Ele afirma ter mostrado o vídeo às autoridades presentes nas arquibancadas.
Após o empate em 2 a 2 no Maracanã na última quarta-feira, o Internacional decidirá a vaga na final em seu próprio campo. O vencedor dessa partida enfrentará o Boca Juniors ou o Palmeiras na final da Copa Libertadores, marcada para o dia 4 de novembro, também no Maracanã.



