O jovem tenista João Fonseca, de apenas 18 anos, volta à quadra neste sábado (31) em Roland Garros, em busca de uma vaga inédita nas oitavas de final do Grand Slam francês. O adversário será o britânico Jack Draper, atual número 5 do ranking da ATP e responsável por eliminar Fonseca em março, no Masters 1000 de Indian Wells. O horário do confronto ainda será anunciado pela organização do torneio.
Fonseca chega embalado por uma campanha histórica no saibro parisiense. Com vitórias convincentes sobre o polonês Hubert Hurkacz e o francês Pierre-Hugues Herbert, ambas por 3 sets a 0, o brasileiro se tornou o mais jovem tenista a alcançar a terceira rodada de Roland Garros desde 1963.
Apesar de ter enfrentado uma sequência de três derrotas antes de chegar a Paris, o brasileiro superou a fase ruim e vem empolgando com sua atuação sólida, contando com o apoio da torcida brasileira na França. Em 2025, Fonseca já conquistou títulos importantes: o ATP 250 de Buenos Aires e o Challenger 175 de Phoenix.
Reencontro com o algoz
O duelo deste sábado será um reencontro entre Fonseca e Draper. No único confronto anterior, no Masters 1000 de Indian Wells, o britânico venceu por dois sets a zero, com direito a um 6/0. Após eliminar o brasileiro naquela ocasião, Draper avançou até o título do torneio, superando o espanhol Carlos Alcaraz na semifinal e o dinamarquês Holger Rune na final.
Em Roland Garros, Draper vem de vitórias sobre o italiano Mattia Bellucci e o francês Gael Monfils, este último em quatro sets. O embate com Fonseca promete ser um dos destaques da terceira rodada.
O Brasil em Roland Garros
O Aberto de Paris é um dos torneios mais tradicionais e desafiadores do tênis mundial. Na história, apenas um brasileiro foi campeão de simples: Gustavo Kuerten, tricampeão em 1997, 2000 e 2001. Outros nomes brasileiros também brilharam no saibro francês, especialmente nas duplas:
Marcelo Melo – campeão de duplas masculinas (2015)
Thomaz Koch – campeão de duplas mistas (1975)
Maria Esther Bueno – campeã de duplas femininas e mistas (1960)
Outras campanhas memoráveis incluem Beatriz Haddad Maia, semifinalista de simples em 2023, e Fernando Meligeni, que chegou à semifinal em 1999.
O próximo desafio de João Fonseca será um teste de fogo, mas também mais uma oportunidade para consolidar sua ascensão no cenário internacional e continuar escrevendo história no tênis brasileiro.
