A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentou um plano para iniciar, a partir de 2026, a profissionalização efetiva da arbitragem no país. A expectativa é contar com pelo menos 30 árbitros profissionais no Campeonato Brasileiro da Série A. O anúncio foi feito pelo chefe da Comissão Nacional de Arbitragem, Rodrigo Cintra, durante o 1º Encontro de Executivos do Futebol, realizado na sede da entidade, no Rio de Janeiro.
O projeto integra a criação do Núcleo de Profissionais de Arbitragem, que deve ser colocado em prática ao longo do próximo Brasileirão. A CBF também trabalha com a possibilidade de ampliar o número de profissionais para cerca de 60 árbitros até 2027, incluindo nomes que atuam na Série B.
A discussão ganhou força após uma série de episódios polêmicos envolvendo decisões de arbitragem na Série A deste ano. Em outubro, a entidade instituiu um Grupo de Trabalho para avaliar melhorias e revisar processos. Um relatório com as conclusões deve ser entregue até janeiro do ano que vem.
O novo modelo tem como referência estruturas já utilizadas em países como Inglaterra, Espanha, Itália e na MLS dos Estados Unidos. A proposta prevê salário fixo, contratos anuais, rotina semanal de treinamentos e possibilidade de bônus por partida, além de acompanhamento psicológico, nutricional e físico. A iniciativa também deve oferecer capacitação aos demais árbitros, criando padrões de atuação e oportunidades de ascensão.
Apesar da apresentação das diretrizes, a CBF ainda não divulgou valores ou faixas salariais previstas para os novos contratos de profissionalização.



