Família de idosa morta em hospital de Porto Alegre alega negligência médica
Foto: Divulgação

Família de idosa morta em hospital de Porto Alegre alega negligência médica

Segundo relato dos familiares, o médico se negou a realizar atedimento em paciente com quadro de infarto agudo

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Uma idosa de 69 anos, morreu no último sábado no hospital Humaniza, em Porto Alegre. Conforme a filha, o óbito ocorreu devido a negligência médica.

O departamento de jornalismo do Porto Alegre 24 Horas conversou com a filha de Fada Terezinha Cortez e teve acesso aos documentos entregues pela instituição de saúde à família.

De acordo com a filha, Fada deu entrada no hospital entre 01:30 e 02:00 da manhã, caminhando, com muitas dores no peito e suor excessivo. Passou pela triagem e realizou alguns exames. Por volta das 04:30, a idosa teve um infarto agudo fulminante.

Ainda conforme relatos da família, mesmo com todos os sintomas de uma parada cardíaca, a paciente não foi encaminhada para tratamento intensivo, ficando com acompanhantes na sala de emergência do local. Quando os profissionais da saúde constataram o infarto, cuidados específicos foram iniciados, como massagem cardíaca e manobras.

A filha afirma que procedimentos foram realizados anteriormente neste mesmo hospital, enfatizando que a instituição já era sabedora do histório cardíaco severo da paciente.

A família aponta negligência médica, quando relata que, nestes casos, como já havia ocorrido antes, um cateterismo – procedimento em que o médico usa catéter que pode ser inserido em um vaso sanguíneo ou canal, com objetivo diagnóstico ou terapêutico, possibilitando a drenagem ou injeção de fluídos ou ainda o acesso de instrumentos cirúrgicos – deveria ter sido realizado, mas o médico cardiologista do hospital, profissional que foi avisado sobre o quadro da paciente, se negou a ir até o local, pois não achava necessário o procedimento, mesmo sem examinar a idosa e diante dos resultados positivos dos exames que demonstravam infarto.

A morte de Fada foi constatada às 08:00 da manhã de sábado e a causa do óbito no atestado é “choque cardiogênico”, estado agudo da funcionalidade do coração diminuída.

A família diz entender que a idosa não voltará ao convívio deles, mas alega não aceitar a condução do atendimento e faz alerta sobre o assunto.

“O médico que deveria fazer o procedimento na minha mãe, que era a única pessoa que poderia salvar ela naquele momento, se negou a ir ao hospital, fazer o procedimento, diante dos exames, constatando que ela realmente estava se encaminhando para o infarto, porque ele acreditava que não fosse um infarto. Um profissional da saúde, cardiologista, que sabe,  que é capaz de fazer uma análise de exames laboratoriais e de ecocardiograma, se omitiu de fazer esse atendimento, e por esse motivo a minha mãe faleceu”, desabafa a filha.

 

 

 

 

 

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