Como uma praga, o racismo não para de se espalhar mundo afora. No Brasil ou no Exterior, não param de pipocar notícias sobre preconceito racial. Isso, quando não acompanhado por atitudes envolvendo violência física e outras formas mais graves de demonstração de intolerância.
No Brasil, a repercussão do momento é em torno do preconceito a que foi vítima uma das filhas da atriz Samara Felippo. Aluna do 9° ano de um tradicional colégio do bairro de classe média alta Pinheiros, em São Paulo, a adolescente de 14 anos teve um caderno pego por colegas de sala. Antes que o caderno voltasse às mãos da dona, foram arrancadas folhas e escritas ofensas raciais.
Samara Felippo, como era de se esperar de uma mãe zelosa e defensora dos filhos, denunciou o caso em suas redes sociais e também fez registro na polícia. A escola repudiou as atitudes das alunas. Segundo Samara, apenas uma das famílias das estudantes agressoras a procurou para se desculpar.
Os casos se repetem e se acumulam em diferentes lugares, independentemente de classes sociais. A intolerância racial, assim como o preconceito em relação a gênero, condição sexual e religiosa, parece cada vez mais intensa. E ainda há quem diga que é “mimimi”. Aliás, para mim, essa é uma das expressões mais medíocres entre as já inventadas. Sobre “mimimi”, a melhor definição que já ouvi: “é a dor que não dói em mim”.



