O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou, nesta quarta-feira (16/7), uma campanha nas redes sociais em defesa do sistema de pagamentos instantâneos brasileiro, o Pix. A ação ocorre após a Casa Branca anunciar a abertura de uma investigação contra o Brasil, que inclui críticas ao Pix como parte das alegadas práticas comerciais desleais.
Com tom nacionalista e bem-humorado, a campanha afirma: “O PIX é do Brasil e dos brasileiros! Parece que nosso PIX vem causando um ciúme danado lá fora, viu? Tem até carta reclamando da existência do nosso sistema Seguro, Sigiloso e Sem taxas”, publicou o governo federal em sua conta oficial no Instagram.
A publicação também reforça a soberania nacional e a popularidade do sistema: “Só que o Brasil é o quê? Soberano. E tem muito orgulho dos mais de 175 milhões de usuários do PIX, que já é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros. Nada de mexer com o que tá funcionando, ok?”
A reação ocorre após o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) anunciar uma investigação contra o Brasil com base na seção 301 da legislação comercial norte-americana. O instrumento permite a imposição de medidas coercitivas contra países acusados de práticas desleais nas trocas comerciais.
No documento divulgado, os Estados Unidos citam uma série de supostas irregularidades, incluindo a persistência do comércio de produtos falsificados na região da rua 25 de Março, em São Paulo, apontada como um dos maiores centros de pirataria do mundo. Além disso, o relatório menciona especificamente o comércio digital e os serviços de pagamento eletrônico brasileiros, entre eles o Pix, como elementos que merecem apuração.
A inclusão do Pix na investigação provocou forte reação do governo brasileiro, que tem tratado o sistema como um símbolo de inovação e inclusão financeira. Criado pelo Banco Central do Brasil em 2020, o Pix já se consolidou como o principal meio de pagamento do país, com mais de 175 milhões de usuários registrados.



