Começa o julgamento de homem acusado de matar sobrinho e forjar cena de suicídio, em Porto Alegre
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Foto: Reprodução

Começa o julgamento de homem acusado de matar sobrinho e forjar cena de suicídio, em Porto Alegre

Réu, oficial da reserva da Brigada Militar, é acusado pelo Ministério Público de homicídio qualificado e estupro de vulnerável; crime foi reaberto após reavaliação do caso em 2020.

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Nesta segunda-feira (27), está sendo realizado na 1ª Vara do Júri do Foro Central de Porto Alegre, o júri de um acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) por matar o próprio sobrinho, Andrei Ronaldo Goulart Gonçalves, 12 anos, e simular um suicídio. O crime ocorreu em 2016, na Zona Sul da Capital, e só foi reaberto em 2020 após uma reviravolta no caso que contou com uma nova análise do MPRS.

A acusação será conduzida pelos promotores de Justiça Lúcia Helena Callegari, que atuou no caso desde o início, e Eugênio Paes Amorim, designado pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) da instituição. O MPRS denunciou o réu por homicídio duplamente qualificado e estupro de vulnerável, sustentando que o crime foi cometido para ocultar o abuso sexual praticado contra o menino, que foi encontrado morto com um disparo de arma de fogo na cabeça. Os promotores entendem que o local do crime foi manipulado para simular suicídio, dificultando a responsabilização do autor.

O MPRS ouviu 20 testemunhas e reuniu provas que indicam a autoria e a motivação do crime. Para Lúcia Helena Callegari, a atuação firme da instituição e a mobilização da mãe da vítima, bem como, da imprensa, foram decisivas para levar o caso a julgamento. O tio do menino, que é um oficial da reserva da Brigada Militar (BM) e responde ao processo em liberdade, cometeu o crime no apartamento da família.

Para o promotor Eugênio Paes Amorim, “é preciso proteger sempre nossas crianças e este é um dos objetivos do MPRS”. Já a promotora Lúcia Helena Callegari, destacou: “ao receber o inquérito, dediquei atenção redobrada, questionando-me sobre a veracidade dos fatos. Mas iniciei a investigação, ouvindo pessoas e buscando provas para confirmar as alegações da mãe. E a verdade foi revelada. Houve a denúncia e agora o júri”.

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