Quatro policiais — dois civis e dois militares — morreram durante a megaoperação das forças de segurança realizada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A ação, que faz parte da Operação Contenção, é considerada a mais letal da história do estado. O balanço oficial divulgado pelo governo do Rio apontava 64 mortes até a noite de terça, mas o número de vítimas ultrapassou 120 após moradores levarem mais de 60 corpos para a Praça São Lucas, na Penha, na manhã desta quarta-feira (29). Segundo o secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, esses corpos não estavam contabilizados nos números oficiais.
A operação mobilizou cerca de 2.500 agentes das forças de segurança. Entre os feridos está o delegado-adjunto da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Bernardo Leal, que foi baleado e passou por cirurgia — seu estado de saúde é considerado grave. As vítimas entre os policiais foram identificadas como Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, conhecido como Máskara, comissário da 53ª DP (Mesquita); Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, da 39ª DP (Pavuna); Cleiton Serafim Gonçalves, 42 anos, 3º sargento do Bope; e Heber Carvalho da Fonseca, 39 anos, também 3º sargento do Bope.


