A saúde no Rio Grande do Sul está diferente.
Lançado em setembro de 2025, o SUS Gaúcho já começa a apresentar resultados concretos na rede pública estadual. O programa, criado para reduzir filas e ampliar o acesso da população a serviços especializados, vem garantindo atendimento em áreas críticas como oftalmologia e ortopedia, além de fortalecer unidades de pronto atendimento e iniciativas de saúde mental em todo o Estado.
Desde o início de sua implementação, hospitais de diferentes regiões do Estado começaram a realizar mutirões para oferecer consultas e procedimentos cirúrgicos, priorizando especialidades que apresentavam as maiores filas de espera. Até dezembro, estão previstas mais de 83 mil novas consultas oftalmológicas para adultos e cerca de 8,4 mil novas consultas ou cirurgias de joelho, com investimento adicional de R$ 175 milhões apenas neste período.
No Hospital Santo Antônio, em Santo Antônio da Patrulha, pacientes que aguardavam há muito tempo na fila por uma consulta em oftalmologia já começaram a ser atendidos. Janaína Conceição da Silva, 33 anos, recebeu atendimento após dois anos na fila. “Me chamaram ontem para a consulta de hoje, foi bem rápido. Agora espero ficar bem”, relatou a paciente.
Além de reduzir filas, o programa fortalece a estrutura da saúde no RS por meio de diversas frentes de ação:
- Portas de entrada e urgência/emergência: investimento de R$ 21,7 milhões em 2025, com aumento de 40% nos repasses para 196 hospitais.
- UPAs e pronto atendimentos municipais: mais de R$ 8 milhões já destinados em 2025, com aporte adicional previsto até o fim do ano.
- Transporte de pacientes: repasses para 488 municípios, garantindo deslocamento seguro e gratuito até consultas especializadas.
- Atenção domiciliar e reabilitação física: ampliação de equipes de cuidado em casa e fornecimento de coletes ortopédicos.
- Saúde mental: investimento de R$ 3,6 milhões em 60 municípios para prevenção de agravos e atendimento multiprofissional.
O programa ainda prevê aumento de recursos para UTIs de alta complexidade, reforço em hospitais municipais e de pequeno porte e ampliação do Programa Assistir, que reconhece e incentiva unidades com maior produção de serviços do SUS.
Segundo a secretária da Saúde, Arita Bergmann, o SUS Gaúcho representa um novo modelo de gestão pública, com foco em resultados efetivos para a população. “Estamos fazendo o recurso chegar onde ele é mais necessário: no atendimento direto ao cidadão. Os resultados já são perceptíveis em poucas semanas”, destacou.
O programa também traz perspectivas para 2026, com investimento total de R$ 1,025 bilhão ao longo de dois anos, contemplando não apenas redução de filas, mas ampliação de serviços especializados, atenção à saúde mental, reabilitação e suporte logístico para pacientes em todo o estado.
O SUS Gaúcho evidencia uma mudança de paradigma na gestão da saúde pública no Rio Grande do Sul. Com foco na redução de filas, fortalecimento da rede hospitalar e atenção integral ao paciente, o programa reforça a meta de tornar o SUS mais acessível, eficiente e humanizado, refletindo em melhorias concretas na vida dos cidadãos gaúchos.



