Após dois dias de julgamento, o policial militar da reserva Jeverson Olmiro Lopes Goulart foi condenado nesta terça-feira (28) a 46 anos de prisão pelo assassinato e estupro do sobrinho, Andrei Ronaldo Goulart Gonçalves, de 12 anos. O crime ocorreu em 2016, na zona sul de Porto Alegre, e foi inicialmente tratado como suicídio. O caso só foi reaberto em 2020, após o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) retomar as investigações a partir de novas provas apresentadas pela família do menino.
O julgamento ocorreu na 1ª Vara do Júri do Foro Central da Capital e foi conduzido pelos promotores de Justiça Lúcia Helena Callegari, que acompanhou o caso desde o início, e Eugênio Paes Amorim, do Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ). O réu foi condenado por homicídio duplamente qualificado — para ocultar outro crime e por dificultar a defesa da vítima — e por estupro de vulnerável. De acordo com a acusação, o homicídio foi cometido para encobrir o abuso sexual praticado contra o garoto, encontrado morto com um tiro na cabeça no apartamento da família.
A sentença determina o cumprimento imediato da pena em regime fechado. Jeverson, que acompanhou o júri por videoconferência do Rio de Janeiro, foi preso logo após a leitura da condenação.

