Primeiro semestre de 2022 registra recorde de desmatamento na Amazônia
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Foto: Christian Braga | Greenpeace

Primeiro semestre de 2022 registra recorde de desmatamento na Amazônia

Dados do Inpe indicam que a área desmatada foi 10,6% maior do que o mesmo período de 2021

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A Amazônia teve 3.988 Km2 desmatados entre janeiro e junho desse ano, número 10,6% maior do que o mesmo período de 2021 e que, na ocasião, representou o recorde da série histórica do sistema Deter-B, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). Somente no mês de junho foi destruída uma área de 1.120 Km2 da maior floresta tropical do mundo, também um recorde desde o início da medição pelo Inpe e 5,5% superior aos alertas de desmatamento registrados em junho de 2021.

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O primeiro semestre de 2022 teve quatro meses com recordes de alertas de desmatamento. O grande volume de matéria orgânica morta combinado com o início do verão amazônico, um período mais quente e com menos chuva, eleva o risco de queimadas e incêndios florestais criminosos que costumam assolar a região, adoecem os moradores e dizimam a biodiversidade da Amazônia.

“É mais um triste recorde para a floresta e seus povos. Esse número só confirma que o governo federal não tem capacidade, nem interesse, de combater toda essa destruição ambiental, seja por ação ou omissões o que vemos é uma escalada inaceitável da destruição da floresta e do massacre de seus povos e defensores”, critica Rômulo Batista, porta-voz da campanha Amazônia do Greenpeace Brasil.

Pela primeira vez, o estado do Amazonas lidera a lista dos que mais desmataram no primeiro semestre, com 1.236 Km2 ou 30.9% do total. Em segundo lugar está o Pará, com 1.105 Km2 (27,7% do total), seguido por Mato Grosso, com 845 Km2 (21,1% do total).

O porta-voz do Greenpeace destaca que, em meio ao cenário de destruição da Amazônia, o Congresso ainda avança em pautas preocupantes como o Projeto de Lei (PL) 2.633/2020, que anistia grileiros, e o PL 490/2007, que abre terras indígenas para atividades predatórias.

“Ao invés dos parlamentares estarem focados em conter os impactos da destruição da Amazônia sobre a população e o clima, no combate ao crime que avança na floresta, e que não só queima nossas riquezas naturais, mas também a imagem e a economia do país, eles tentam aprovar projetos que irão acelerar ainda mais o desmatamento, os conflitos no campo e a invasão de terras públicas. Nosso país não precisa da aprovação destes projetos. O que precisamos é de vontade política para avançar no combate ao desmatamento, queimadas e grilagem de terras”, afirma Batista. (Sul21)

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