Selfie mortal: Modelo que caiu de penhasco estava drogada
Foto: Reprodução | Instagram

Selfie mortal: Modelo que caiu de penhasco estava drogada

Inquérito aponta que jovem de 21 anos consumiu álcool e drogas antes de pular uma cerca e cair de uma altura de cerca de 30 metros

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A modelo britânica Madalyn Davis, de 21 anos, morreu no começo do ano ao cair do penhasco em Diamond Bay, em Sydney, na Austrália. Recentemente, um inquérito revelou que álcool e vestígios de drogas “prejudicaram a capacidade dela de tomar decisões e de se equilibrar”.

Madalyn tinha ido à uma festa na noite anterior à sua morte e depois foi, com outras sete pessoas, tirar fotos e ver o sol nascer. Segundo o legista Gordon Clow, o grupo estava em “um ponto de acesso para selfies onde as pessoas escalam a cerca” para acessar o topo do penhasco.

O corpo da modelo foi encontrado 17 metros abaixo da superfície do mar, preso em uma plataforma rochosa.

Perigo real

Essa informação me fez pensar sobre os riscos que as pessoas correm para tirar fotos “perfeitas” porque, parece absurdo, mas é realidade, centenas de mortes acontecem todos os anos por causa de selfies tiradas em situações de risco.

A modalidade campeã de selfies perigosas é a tirada em lugares extremamente altos, sem nenhum equipamento de segurança. Há pessoas que ficam em pé na beira de precipícios, tetos de arranha-céus, antenas ou qualquer outro tipo de torre.

O penhasco em Diamond Bay de onde Madalyn Davis caiu é um dos pontos mais frequentados pelos turistas. Lá, muitos se arriscam tirando selfies perigosas. Uma morte já tinha sido registrada, em agosto de 2019, quando uma mulher de 27 anos caiu do mesmo local ao tentar tirar uma foto.

Há quem se arrisque também para tirar fotos perto demais de animais perigosos, de trens em movimento e, até mesmo, de vulcões em erupção.

O perigo e o desejo por likes parece animar quem têm vontade de tirar selfies desse tipo e, infelizmente, há quem aprecie.

Dependência emocional

O que faz alguém ter tanta necessidade de aparecer, de ficar “famoso”, ganhar curtidas e seguidores, a ponto de colocar a própria vida em perigo?

Um estudo, organizado pela Nottingham Trent University, do Reino Unido, tentou achar a resposta e elaborou a “Escala do Comportamento Selfitis”, que quantifica o grau de desordem mental de uma pessoa por tirar selfies. A conclusão foi que as pessoas que mais tiravam selfies eram as que tinham alta dependência social ou desejavam uma maior valorização. Foram observados, também, “comportamentos de vício”.

Assim, atitudes como essas revelam a necessidade de chamar atenção dos demais e de ser aprovado por terceiros.

Porque, quem se coloca em risco para tirar fotos em busca de popularidade está colocando a própria felicidade nas mãos de outras pessoas.

Ou seja, se as fotos repercutirem nas redes, a pessoa sentirá alegria, mas se não derem retorno, sofrerá por isso.

Porém, essa é uma realidade vazia. Mesmo que a imagem renda muitos likes, essa aparente “felicidade” vai durar pouco tempo, pois logo a imagem será esquecida.

É preciso ser racional, até mesmo para tirar fotos. Quando deixamos de depender da opinião de estranhos para ser feliz, encontramos a verdadeira felicidade. (R7)

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