Índia coloca rede no rio Ganges para resgatar corpos de vítimas da Covid-19
Foto: EFE | EPA

Índia coloca rede no rio Ganges para resgatar corpos de vítimas da Covid-19

O país reportou um novo recorde diário de mortes pela doença e chegou ao 21º dia consecutivo com mais de 300 mil novas infecções pelo coronavírus; variante indiana já está presente em 44 países

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As autoridades do norte da Índia informaram nesta quarta-feira, 12, que uma rede foi estendida no rio Ganges para resgatar corpos de possíveis vítimas da Covid-19. Desde o início da semana, foram encontrados mais de 70 cadáveres boiando ou retidos nas margens da via fluvial, considerada sagrada para os hindus.

A busca foi intensificada na fronteira entre os estados de Bihar e Uttar Pradesh, dois dos mais pobres do país, onde foi encontrada a maior parte dos defuntos. De acordo com o Ministério de Recursos Hídricos de Bihar, as necropsias revelaram que boa parte das vítimas estavam mortas há vários dias dado seu estado de composição. A principal suspeita é que eles tenham sido lançados no rio Ganges pelos seus familiares por falta de recursos financeiros ou mesmo pela lotação dos cemitérios e crematórios da Índia, que não estão dando conta do elevado número de mortes causadas pela pandemia do novo coronavírus.

Variante indiana do coronavírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a variante do coronavírus detectada na Índia, a B.1.617, já está presente em 44 países ao redor do mundo. Em relatório publicado nesta terça-feira, 11, a entidade considerou que essa mutação é “preocupante em nível global” porque parece estar relacionada a maiores taxas de transmissão e resistência aos anticorpos, apesar de ainda serem necessários mais estudos para uma confirmação definitiva. A OMS afirma que existem provas preliminares que sugerem que a variante indiana pode reduzir a eficácia do tratamento com anticorpos monoclonais e “reduzir ligeiramente a suscetibilidade à neutralização de anticorpos”, que são gerados através da vacinação. Recentemente, Israel afirmou que a mutação B.1.617 infectou quatro cidadãos que já tinham recebido as duas doses da vacina contra a Covid-19. (Jovem Pan)

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