Por conta de um distúrbio raro do sono conhecido como “sexônia”, um tcheco, de 33 anos, envolvia-se em relações sexuais enquanto dormia. Ele se masturbava, gemia e tentava transar com a namorada apesar de não estar consciente.
A história foi publicada na revista científica Sleep Medicine. Os estudos concluíram que o comportamento bizarro era desencadeado por espasmos e empurrões com a cabeça que ocorriam enquanto ele dormia.
De acordo com a publicação, embora ele não fosse agressivo em suas ações, a namorada do homem reclamou que o assédio estava continuamente a interrompendo de dormir.
O homem não tinha consciência do comportamento noturno, mas disse aos médicos que a namorada teve que se defender dos avanços sexuais dele algumas vezes.
O médico Jitka Bušková, um dos autores do artigo, disse que o homem tinha um padrão de sono irregular, variando entre cinco e oito horas por noite.
O paciente não tinha problemas médicos anteriores, não estava tomando drogas ou substâncias viciantes e não ingeria álcool em excesso.
Sexônia
Poucas pessoas falam sobre a sexônia, que também é considerado um distúrbio do sono, assim como o sonambulismo, apneia do sono, necrolepsia, distúrbio alimentar do sono e o terror noturno. A sexônia faz com que a pessoa apresente um comportamento sexual dormindo, que afeta, em sua maioria, os parceiros das pessoas que sofrem do transtorno.
Isso porque quem sofre de sexônia dificilmente sabe. O comportamento é visto e reconhecido pelo parceiro, que geralmente é quem chama atenção para o problema. Ao Portal R7, a médica do sono, Jéssica Polese, explicou sobre o transtorno. “Os gestos são involuntários, dificilmente a pessoa lembra do ocorrido no dia seguinte. Mas, durante a noite ela busca pelo parceiro, tenta tocar a pessoa, tiram a própria roupa e até se masturbam, fazem tudo isso, sem despertar”, explicou a especialista.
A médica comenta que o comportamento é mais comum em homens do que em mulheres e ocorre geralmente na fase do sono REM. Estresse, problemas pessoais e noites mal dormidas são alguns exemplos de fatores que levem o desenvolvimento do transtorno. “O problema afeta mais o parceiro do que a pessoa, porque o outro se sente constrangido. Tem pessoas que xingam e fazem sons durante o distúrbio, o que pode ser um grande problema para recém casados, principalmente, quando o outro ainda não tem conhecimento do problema”, alertou Jéssica.
A boa notícia é que o problema é benigno e possui tratamento. “Depende de cada caso, mas em geral envolve o uso de medicamentos, como sedativos, para que a pessoa durma melhor e em outros casos a terapia, mas é fácil de ser resolvido. Vale lembrar que esse distúrbio não é frequente em uma pessoa, não é todos os dias que ele apresenta o comportamento sexual durante o sono, é uma condição que ocorrem em determinados períodos”, finalizou a especialista do sono.
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As informações são do portal Metrópoles e R7



