Adolescente morre após borrifar desodorante no quarto
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Foto: Reprodução

Adolescente morre após borrifar desodorante no quarto

A vítima tinha 14 anos e foi encontrada inconsciente em seu quarto pelo irmão mais velho

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Uma jovem morreu após borrifar o desodorante em seu quarto. O caso ocorreu em 2022, na Inglaterra. Giorgia Green tinha 14 anos e faleceu vítima de uma parada cardíaca. Ela foi encontrada inconsciente pelo irmão mais velho.

Segundo a BBC, desde o ocorrido, os pais de Giorgia ficaram sabendo de outros jovens que morreram acidentalmente após inalar desodorante e estão pedindo uma rotulagem mais clara para alertar as pessoas sobre os potenciais perigos.

A Associação Britânica de Fabricantes de Aerossóis (Bama, na sigla em inglês) defende que os desodorantes têm “advertências muito claras”.

No Reino Unido, os desodorantes em aerossol devem trazer impresso na embalagem o aviso “manter fora do alcance das crianças”.

No Brasil, uma lei aprovada em 1976 já proibia que produtos destinados ao uso infantil fossem vendidos sob apresentação de aerossol – em 2015, uma nova lei acrescentou um parágrafo determinando que os produtos de uso infantil “deverão ter características de rotulagem e de embalagem que possibilitem a sua imediata e precisa distinção daqueles destinados ao uso adulto”.

Os pais de Giorgia dizem que, no Reino Unido, o aviso vem atualmente em letras muito pequenas e que muitos pais devem comprar desodorantes para os filhos sem perceber o alerta.

“As pessoas não sabem o quão perigoso pode ser o conteúdo dessas latas”, diz o pai de Giorgia, Paul. “Gostaria que ninguém mais no país — ou no mundo — passe pelo que passamos.”

“Não queremos que a morte de nossa filha seja em vão.”

Eles defendem que os desodorantes venham com um aviso dizendo que o produto “pode matar instantaneamente” e dizem que a filha não fazia uso abusivo do item.

Giorgia era autista e seu pai diz que ela gostava de borrifar desodorante nos cobertores porque achava o cheiro reconfortante.

Um inquérito sobre a morte de Giorgia foi conduzido, e os investigadores concluíram que se tratou de um acidente. A causa médica da morte foi registrada como “não determinada, mas consistente com a inalação de aerossol”.

De acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS) do Reino Unido, a palavra “desodorante” foi mencionada em 11 atestados de óbito entre 2001 e 2020. No entanto, é provável que o número real de mortes por essa causa seja maior, porque substâncias específicas nem sempre são mencionadas nos atestados de óbito.

O atestado de óbito de Giorgia, por exemplo, mencionou a “inalação de aerossol” em vez de “desodorante”.

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