Uma investigação realizada pela famosa marca de moda íntima, Tommy John, trouxe à tona algumas verdades surpreendentes sobre os comportamentos de higiene pessoal dos cidadãos dos Estados Unidos. Conforme os resultados deste estudo, conduzido com a participação de mil indivíduos, aproximadamente 45% dos entrevistados admitiram não realizar a troca diária de suas peças íntimas, incluindo cuecas, calcinhas e sutiãs.
Outro dado alarmante revelado pela pesquisa apontou que cerca de 38% dos entrevistados não tinham conhecimento da idade das roupas íntimas mais antigas em seus guarda-roupas. Surpreendentemente, quase metade, ou seja, 46%, confessou possuir peças íntimas em uso há um ano ou até mais. Além disso, 13% admitiu usar o mesmo par de calcinhas ou cuecas por uma semana completa.
Os resultados também demonstraram uma discrepância entre os gêneros, sugerindo que os homens são menos diligentes na manutenção da higiene íntima do que as mulheres. Segundo os dados da pesquisa, os homens têm duas vezes e meia mais chances de prolongar o uso das mesmas cuecas por incríveis sete dias ou mais.
No entanto, esse comportamento descuidado não é apenas uma questão de higiene pessoal, mas também representa uma séria ameaça à saúde. Isso se deve a um estudo realizado em 2017 pela Faculdade Devry Metrocamp, em Campinas, que revelou que roupas íntimas podem acumular até 10 mil bactérias e fungos, aumentando consideravelmente o risco de infecções.
Em uma pesquisa realizada no Brasil, constatou-se que 85% das 52 peças analisadas (incluindo 27 peças novas) apresentavam contaminação por bactérias resistentes, com potencial para causar doenças em 92% delas.
O uso prolongado de roupas íntimas mal lavadas pode resultar em sintomas desagradáveis, como corrimento, dor, febre, alergias, ardência, irritações na pele e infecções graves do trato urinário, anal e peniano, além de inflamações. Conforme alertado pela Tommy John, o ideal é substituir as roupas íntimas a cada seis meses a um ano.
Isso ocorre porque calcinhas e cuecas proporcionam um ambiente propício para a proliferação de micro-organismos, devido à umidade constante causada pelas secreções e pelo suor, aliados ao calor e à escassa ventilação da área. Portanto, a manutenção adequada da higiene dessas peças (e sua substituição regular) é fundamental para evitar complicações graves de saúde.



