A Santa Sé anunciou nesta sexta-feira (5) a excomunhão do arcebispo Carlo Maria Viganò, conhecido por suas posições ultraconservadoras e por atacar a legitimidade do Papa Francisco. Viganò, que já serviu como embaixador do Vaticano, havia rompido com o Papa em 2018, alinhando-se aos sedevacantistas, um grupo que nega a autoridade do pontífice. Esta excomunhão é uma resposta direta às suas tentativas de minar a liderança de Francisco.
Desde que rompeu com a Santa Sé, Viganò se tornou uma figura emblemática entre os extremistas de direita. Seus seguidores o veem como um combatente contra um papa que acusam de ser excessivamente progressista. No Twitter, muitos elogiam sua postura, enquanto outros católicos lamentam a excomunhão, reconhecendo a importância da obediência ao Papa para a unidade da fé.
A polêmica ao redor de Viganò intensificou-se quando ele se envolveu em teorias da conspiração, incluindo aquelas associadas ao movimento QAnon. Em 2020, uma carta de Viganò ao ex-presidente Donald Trump foi destacada pelo Jornal da Cidade Online, um veículo conhecido por disseminar fake news. Nessa carta, Viganò retratou Trump como um herói numa batalha espiritual entre “filhos da luz” e “filhos das trevas”.
Com a excomunhão, Viganò está proibido de celebrar missas e ocupar cargos na Igreja Católica.



