Apoiadores de Evo Morales invadem quartel e fazem 20 militares como reféns na Bolívia
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Foto: Reprodução

Apoiadores de Evo Morales invadem quartel e fazem 20 militares como reféns na Bolívia

Manifestantes, armados, tomaram posse de armas e munições das instalações

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Apoiadores do ex-presidente boliviano Evo Morales tomaram o controle de um quartel em Chapare, no estado de Cochabamba, Bolívia, fazendo 20 militares reféns. Em comunicado, as Forças Armadas relataram que armas e munições foram apreendidas por “grupos armados irregulares”. Um vídeo divulgado pela mídia boliviana mostra 16 soldados cercados por camponeses que seguram paus com pontas afiadas.

Lembramos que qualquer pessoa que pegue em armas contra a pátria é considerada traição e levante armado contra a segurança e a soberania do Estado”, afirma o comunicado emitido pelo Alto Comando, destacando que o pessoal mantido como refém “são filhos do povo cumprindo seu dever sagrado com a pátria”.

A ação ocorre em meio a um período de instabilidade política na Bolívia, com protestos e bloqueios de estradas há 19 dias, desencadeados por uma alegada “perseguição judicial” contra Evo Morales, que, de aliado, tornou-se opositor do presidente Luis Arce no último ano. Morales, que é investigado por suspeita de abuso de uma menor durante seu mandato (2006-2019), nega as acusações.

Horas antes, imagens circulando na imprensa local e nas redes sociais mostraram cerca de 2 mil manifestantes invadindo o quartel militar do Regimento “Cacique Juan Maraza”, próximo ao Tipnis, território indígena em Chapare, onde Morales possui sua principal base política.

O Regimento Cacique Maraza foi tomado pelas centrais de Tipnis. Eles [apoiadores de Evo] cortaram nossa água, nossa eletricidade e nos tomaram como reféns“, disse à AFP um militar, sob condição de anonimato.

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