O grupo rebelde liderado por radicais islâmicos anunciou neste domingo (8) a deposição do presidente sírio Bashar al-Assad e declarou a “libertação” de Damasco, a capital do país. A informação foi transmitida pela televisão pública síria, mas o paradeiro de Assad segue desconhecido. De acordo com a agência Reuters, o presidente teria deixado a cidade de avião antes da chegada das forças opositoras, conforme relataram dois oficiais do exército sírio.
Bashar al-Assad governou a Síria por 24 anos, enfrentando uma guerra civil devastadora desde 2011, que começou após protestos contra seu regime. Apesar de contar com o apoio de aliados como Rússia e Irã, que ajudaram na retomada de algumas áreas, o governo Assad viu sua hegemonia ser desafiada novamente no final de novembro. O grupo Hayat Tahrir Al-Sham (HTS), à frente da ofensiva rebelde, conquistou rapidamente cidades estratégicas como Aleppo, Hama e Homs, antes de cercar Damasco.
A ofensiva do HTS e seus aliados, descrita como uma das mais rápidas desde o início do conflito, resultou na captura de cerca de 50 áreas por dia durante as primeiras 96 horas. A queda do governo Assad marca um momento crítico na história recente da Síria, que enfrentou anos de guerra civil, a ascensão e queda do Estado Islâmico, além de crises humanitárias e interferências internacionais. Até o momento, não houve pronunciamento oficial do governo sírio sobre o futuro do país.
