O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou nesta semana a retirada do sigilo de documentos relacionados ao assassinato de John F. Kennedy, reacendendo debates históricos sobre o caso. Entre os arquivos liberados está um memorando da CIA, datado de 12 de novembro de 1963, em que Kennedy solicita informações detalhadas sobre Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs). O documento, emitido apenas dez dias antes de sua morte, revela o interesse do então presidente em compreender possíveis ameaças aéreas durante a Guerra Fria.
No mesmo dia, Kennedy assinou o Memorando de Ação de Segurança Nacional nº 271, instruindo a NASA a colaborar com a União Soviética em questões espaciais. A medida foi interpretada como um esforço diplomático para evitar que avistamentos de OVNIs fossem confundidos com operações militares, reduzindo tensões entre as duas superpotências. O pesquisador William Lester, que teve acesso aos documentos por meio da Lei de Liberdade de Informação, destacou a relevância desses registros em seu livro A Celebration of Freedom: JFK and the New Frontier.
Apesar da urgência de Kennedy em obter respostas da CIA, o pedido nunca foi atendido. Menos de duas semanas após emitir os memorandos, em 22 de novembro de 1963, Kennedy foi assassinado em Dallas, Texas, em circunstâncias que ainda geram teorias de conspiração. A liberação dos novos documentos por Trump reacende o interesse público sobre o caso e levanta questões sobre as intenções e preocupações do presidente em seus últimos dias.



