Na noite desta sexta-feira (24), pousou no aeroporto de Manaus o primeiro voo de deportados dos Estados Unidos com destino ao Brasil desde a posse do presidente republicano Donald Trump. A aeronave, que levava 158 passageiros, incluindo 88 brasileiros, seguia para Belo Horizonte, mas teve o trajeto interrompido devido à necessidade de manutenção. O voo para Minas Gerais foi cancelado, e os passageiros permanecem em uma área isolada do aeroporto, sob supervisão da Polícia Federal.
De acordo com informações da Rede Amazônica, os passageiros reclamaram do calor dentro da aeronave, o que levou a tripulação a utilizar a rampa inflável para desembarque de emergência. No entanto, o equipamento está em manutenção, atrasando o processo de embarque e causando ainda mais transtornos. Apesar disso, a assessoria do aeroporto de Manaus informou que os passageiros estão sendo monitorados e recebendo o suporte necessário.
O episódio ocorre em meio à intensificação das políticas anti-imigração de Trump, anunciadas como parte de sua agenda de governo. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou em redes sociais que a administração já deportou “centenas de imigrantes ilegais” em operações realizadas com aeronaves militares. Segundo ela, esta é “a maior operação de deportação em massa da história”. A ação incluiu a prisão de 538 imigrantes ilegais, entre eles suspeitos de terrorismo e integrantes de gangues.
Esse voo marca o início de uma nova fase de deportações envolvendo cidadãos brasileiros. Embora não esteja confirmado se todos os passageiros foram detidos sob a gestão de Trump, o episódio reforça a política rígida do presidente contra a imigração irregular. Fotos divulgadas pela Casa Branca mostraram deportados embarcando em aeronaves militares, mas não há confirmação se elas incluem o voo que chegou ao Brasil.



