O Vaticano anunciou novas diretrizes que permitem a admissão de homens gays ao sacerdócio, desde que mantenham o celibato, em documento publicado pela Conferência dos Bispos Italianos e aprovado pelo Papa Francisco. A orientação reforça que a Igreja não admite seminaristas que pratiquem a homossexualidade ou tenham tendências profundamente enraizadas, mas determina que a avaliação da orientação sexual de um candidato deve ser considerada apenas como parte de sua personalidade, respeitando a dignidade das pessoas envolvidas.
Apesar da postura acolhedora que o Papa Francisco adotou nos últimos anos em relação à comunidade LGBTQIA+, suas declarações anteriores geraram controvérsias. Em 2024, comentários feitos pelo pontífice em encontros privados, considerados ofensivos, provocaram reações negativas de defensores dos direitos LGBTQIA+. Embora o Vaticano tenha emitido um pedido de desculpas, o episódio reforçou as tensões sobre a inclusão dentro da Igreja Católica.
As diretrizes serão implementadas em caráter experimental por três anos, com a possibilidade de ajustes futuros. Especialistas avaliam que a decisão não sinaliza uma mudança significativa, já que a Igreja mantém sua posição tradicional sobre o tema. No entanto, o anúncio reflete um esforço para abordar questões contemporâneas, mesmo que de forma cautelosa.
