Pelo menos 30 pessoas morreram em ataques israelenses na Faixa de Gaza entre quarta (24) e quinta-feira (25), segundo fontes médicas e hospitalares ouvidas pelo jornal Al Jazeera. Entre os alvos atingidos estão escolas e pontos de distribuição de ajuda humanitária, agravando ainda mais a crise humanitária no território palestino.
De acordo com autoridades de saúde locais, 15 pessoas morreram em dois ataques aéreos em Gaza City, sendo nove delas em uma escola no bairro Sheikh Radwan, que abrigava famílias deslocadas. Outro ataque, próximo a um acampamento em Khan Younis, no sul do enclave, também deixou ao menos nove mortos.
Em Deir el-Balah, um ataque de drone israelense na movimentada rua do mercado causou a morte e ferimentos em nove pessoas, de acordo com fontes hospitalares. Com isso, o total de mortos nos ataques israelenses na quarta-feira ultrapassa a marca de 30 vítimas fatais.
Esperando por ajuda e atingidos por tiros
A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino relatou ainda que três civis morreram e outros ficaram feridos enquanto aguardavam ajuda humanitária no Corredor Netzarim, no centro de Gaza. Os disparos teriam partido de forças israelenses. O ponto de distribuição integra a estrutura da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), iniciativa apoiada por Israel e Estados Unidos, e tem sido alvo de críticas e denúncias desde o início de sua operação, em 27 de maio.
Segundo o Escritório de Mídia do Governo de Gaza, 549 palestinos foram mortos e 4.066 ficaram feridos em ataques enquanto buscavam alimentos em centros de ajuda desde o fim de maio. Além disso, 39 pessoas seguem desaparecidas após esses incidentes.
Crianças entre as principais vítimas
A organização Save the Children, com sede no Reino Unido, informou que mais da metade das vítimas fatais nos ataques próximos a centros de ajuda eram crianças. Dos 19 episódios fatais analisados, 10 tiveram crianças entre os mortos.
As ações militares ocorrem em meio a declarações do ministro da Segurança Nacional de Israel, que defende uma “paralisação completa” do envio de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, o que gera preocupação internacional sobre o agravamento da catástrofe humanitária no território palestino.



