Integrantes da Flotilha da Liberdade, iniciativa que tenta romper o bloqueio a Gaza com envio de ajuda humanitária, foram detidos neste domingo (8) por forças navais de Israel enquanto navegavam em águas internacionais. A embarcação Madleen, que transportava ativistas e suprimentos destinados ao território palestino, foi interceptada antes de chegar ao seu destino.
Entre os detidos estão figuras públicas como o ativista brasileiro Thiago Ávila e a ambientalista sueca Greta Thunberg, que gravaram vídeos antes da ação militar, prevendo a possibilidade de serem capturados. Nos vídeos, ambos pedem pressão internacional para que sejam libertados e solicitam o fim das relações diplomáticas com Israel em resposta à ofensiva.
“Se você está assistindo a este vídeo, significa que fui detido ou sequestrado por Israel ou forças aliadas. Peço que pressionem nossos governos pela nossa libertação e pelo fim do cerco à Gaza”, diz Ávila em sua mensagem.
Thunberg, por sua vez, declara: “Fomos interceptados em águas internacionais por forças de ocupação. Peço ao governo sueco que atue pela nossa libertação imediata.”
O governo de Israel confirmou a operação naval contra a flotilha e informou que os ativistas serão levados a um porto israelense para posterior deportação. Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores de Israel ironizou a ação, chamando a embarcação de “iate de selfies” e os passageiros de “celebridades”, acrescentando que todos “devem retornar aos seus países de origem”.
🚨URGENT | The Israeli army has boarded the Freedom Flotilla Madleen, taken control, and cut off communications!!! pic.twitter.com/GphcXGN8C5
— Martyrs of Gaza (@GazaMartyrs) June 9, 2025