O presidente iraniano, Masud Pezeshkian, anunciou nesta terça-feira (24) o fim da guerra de 12 dias com Israel. Em pronunciamento à nação, divulgado pela Agência de Notícias da República Islâmica do Irã (Irna), Pezeshkian destacou a “heroica resistência” da população iraniana e afirmou que o conflito foi “imposto” por Israel. O cessar-fogo foi negociado com mediação dos Estados Unidos e confirmado na noite de segunda-feira (23) pelo presidente americano, Donald Trump.
O acordo de trégua entrou em vigor na madrugada desta terça, mas logo após o início da vigência, ambos os países trocaram acusações de violações. O exército israelense relatou que o Irã lançou um míssil contra seu território pouco depois das 7h (horário local). Em resposta, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou que ordenou ataques contra alvos no centro de Teerã, alegando que a ofensiva iraniana quebrou o acordo de cessar-fogo.
Por outro lado, o comando militar do Irã afirmou que Israel realizou três ondas de ataques em solo iraniano ainda durante a manhã, antes mesmo do horário oficial estabelecido para o início da trégua. Em comunicado, os iranianos classificaram as ações de Tel Aviv como provocações e disseram que responderiam a futuras agressões de forma proporcional. A crise gerou preocupação internacional, especialmente após os Estados Unidos, no fim de semana, confirmarem sua entrada oficial na guerra após ataques a instalações nucleares iranianas.
O conflito teve início no dia 13 de junho, quando Israel bombardeou áreas próximas a Teerã, resultando na morte de Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária iraniana. Desde então, os combates se intensificaram, com ataques mútuos em territórios israelenses e iranianos e, mais recentemente, até mesmo em uma base militar americana no Catar. A situação segue tensa, e líderes internacionais têm feito apelos para que o cessar-fogo seja mantido e novas hostilidades sejam evitadas.
