No último mês de junho, a temperatura média global do ar atingiu 16,46°C, superando em 0,47°C a média histórica para o período, baseada nos registros entre 1850 e 1900, considerado o período pré-industrial. O aumento de 1,30°C em relação a essa base histórica reforça o aquecimento constante do planeta.
Embora junho de 2025 não tenha ultrapassado os recordes estabelecidos nos dois anos anteriores, 2023 e 2024, os especialistas mantêm o alerta sobre a persistência dessa tendência e seus efeitos cada vez mais severos no meio ambiente.
Segundo o Copernicus, o mês foi marcado por temperaturas extremas em diversas partes do globo. Enquanto grande parte da Europa, América do Norte, Ásia Central e áreas da Antártica Ocidental sofreram com calor acima do normal, algumas regiões do Hemisfério Sul, como Argentina e Chile, experimentaram um frio atípico para a estação.
Samantha Burgess, chefe de Estratégia Climática do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF), que gerencia os dados do Copernicus, destacou: “Junho de 2025 foi marcado por uma onda de calor excepcional em várias regiões da Europa Ocidental, com intenso estresse térmico. Esse cenário foi ainda piorado pelas temperaturas recordes observadas no Mar Mediterrâneo Ocidental”.



