Neste domingo (10), um bombardeio israelense atingiu uma tenda de jornalistas na Cidade de Gaza, provocando a morte de cinco profissionais da emissora Al Jazeera, entre eles dois correspondentes e três cinegrafistas.
O exército de Israel confirmou que o ataque foi direcionado a Anas al Sharif, correspondente conhecido da Al Jazeera, a quem classificou como um “terrorista disfarçado de jornalista”. Segundo as Forças de Defesa de Israel, Al Sharif teria sido líder de uma célula do Hamas e responsável por coordenar ataques com foguetes contra civis e tropas israelenses.
A tragédia marca mais um episódio na série de ataques contra profissionais da imprensa ao longo dos 22 meses de conflito na Faixa de Gaza, que já resultaram na morte de cerca de 200 jornalistas, segundo dados de organizações civis.
De acordo com a própria Al Jazeera, o repórter Anas al Sharif, de 28 anos, faleceu após a tenda onde trabalhava ser atingida nas proximidades da entrada principal do hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza. Ele era um dos correspondentes mais experientes do canal, com ampla cobertura da região norte de Gaza.
Além de Al Sharif, morreram os correspondentes Mohammed Qreiqeh e os cinegrafistas Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa. Jornalistas locais destacam que Noufal também atuava como motorista, auxiliando na produção das imagens.
Este ataque intensifica ainda mais os riscos enfrentados pela imprensa em meio ao prolongado conflito, evidenciando a vulnerabilidade dos profissionais que buscam informar sobre a realidade na Faixa de Gaza.



