O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, rejeitou a proposta de Vladimir Putin para um encontro presencial em Moscou, afirmando que o líder russo “pode ir a Kiev” caso queira realmente discutir o fim da guerra. Segundo Zelensky, a sugestão de Moscou serviria apenas para adiar as negociações, já que não é aceitável para ele se deslocar ao território do país que segue bombardeando cidades ucranianas diariamente.
A possibilidade de uma reunião entre os dois presidentes surgiu após esforços de mediação do presidente norte-americano, Donald Trump, que tenta aproximar as partes em conflito. Além dos Estados Unidos, países como Áustria, Vaticano, Suíça, Turquia e três nações do Golfo se ofereceram para sediar o encontro. Putin, no entanto, defendeu que o encontro aconteça em Moscou, embora tenha reconhecido dúvidas sobre sua efetividade.
Em entrevista à emissora ABC News, Zelensky reforçou que não viajará à capital russa enquanto a Ucrânia for alvo de mísseis “todos os dias”. Já Putin voltou a levantar questionamentos sobre a legitimidade do presidente ucraniano em permanecer no cargo durante a lei marcial, instaurada desde o início da invasão, em fevereiro de 2022. Enquanto isso, mais de três anos após o início da guerra, as negociações de paz seguem sem avanços, travadas por exigências consideradas inaceitáveis por ambos os lados.



