Brasileira presa no Camboja enfrenta superlotação e condições críticas na prisão
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Foto: Reprodução/Daniela Marys

Brasileira presa no Camboja enfrenta superlotação e condições críticas na prisão

Daniela Marys de Oliveira está detida há sete meses em estabelecimento com registros de morte e maus-tratos

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A arquiteta Daniela Marys de Oliveira, de 35 anos, permanece detida há sete meses no Camboja após cair em uma armadilha de uma falsa oferta de emprego. A brasileira, que teria se recusado a participar de golpes virtuais, está encarcerada na Prisão Provincial de Banteay Meanchey, conhecida por sua superlotação severa e registros de morte de detentos.

Segundo informações do site Camboja News, o sistema prisional do país enfrenta problemas graves, incluindo atrasos no atendimento médico e condições precárias. Um caso recente envolve a morte do detento Leap Chantha, de 22 anos, em março, em decorrência de doença cardíaca agravada pela falta de oxigênio, após relatar problemas relacionados à superlotação.

Relatórios do grupo de direitos humanos Licadho apontam que algumas prisões do Camboja operam com mais de 200% da capacidade, e que a superlotação aumenta os riscos à saúde, provocando problemas respiratórios, pressão alta e maior exposição a doenças infecciosas. Segundo o diretor de operações da Licadho, Sam Sam Ath, a falta de ventilação adequada, saneamento precário e acesso limitado a alimentos e água contribuem para agravar a situação dos detentos.

Como Daniela foi presa
De acordo com familiares, Daniela Marys teria sido vítima de tráfico humano disfarçado de oportunidade de trabalho. Em janeiro, ela embarcou para o Camboja com a promessa de trabalhar em telemarketing por seis meses a um ano, retornando depois ao Brasil. Ao chegar, teve o passaporte confiscado e percebeu que seria obrigada a aplicar golpes pela internet.

A recusa em continuar a atividade criminosa levou à prisão da brasileira, enquanto criminosos extorquiram cerca de R$ 27 mil da família, usando mensagens falsas enviadas pelo celular da arquiteta. Segundo a irmã, Lorena, os criminosos se passavam por Daniela, mas cometiam erros de ortografia e não conheciam detalhes íntimos da família, revelando a fraude.

A família está arrecadando R$ 60 mil para custear advogados e tentar a libertação de Daniela. O caso também evidencia as condições precárias das prisões cambojanas e os riscos enfrentados por estrangeiros detidos no país.

Com informações: Portal Terra

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