O ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, começou a cumprir nesta terça-feira (21) uma pena de cinco anos de prisão por conspiração criminosa ligada ao financiamento de sua campanha eleitoral de 2007 com fundos líbios. A caminho da prisão de La Santé, em Paris, Sarkozy afirmou que “um homem inocente está sendo preso”, contestando tanto a condenação quanto a decisão de um juiz de mantê-lo detido enquanto aguarda recurso.
Sarkozy é o primeiro ex-líder da França moderna a ser preso, um episódio que chamou atenção nacional e internacional. O julgamento, concluído no final de setembro, apontou que ex-ministros de seu governo, Claude Guéant e Brice Hortefeux, teriam conspirado para obter recursos da Líbia, embora não tenha sido comprovado que Sarkozy estivesse diretamente envolvido ou que o dinheiro líbio tenha sido efetivamente usado na campanha, que resultou em sua vitória.
O tribunal afirmou que o ex-presidente permitiu que pessoas próximas a ele buscassem apoio financeiro junto às autoridades líbias para sua campanha.
Por questões de segurança, Sarkozy ficará em confinamento solitário, separado dos demais prisioneiros. Seu advogado, Christophe Ingrain, declarou à BFM TV que a prisão fortalece sua determinação em provar inocência e que o ex-presidente planeja escrever um livro sobre a experiência na prisão.