Justiça dos Estados Unidos condena Diddy a mais de quatro anos de prisão e multa de US$ 500 mil – Notícias
Pesquisar
Foto: Reprodução

Justiça dos Estados Unidos condena Diddy a mais de quatro anos de prisão e multa de US$ 500 mil

O processo teve grande repercussão pública, e dezenas de pessoas aguardaram a leitura da sentença do lado de fora do tribunal

Compartilhe esta notícia:

O rapper e produtor musical Sean “Diddy” Combs foi condenado nesta sexta-feira (3) a 50 meses de prisão, pouco mais de quatro anos, por duas acusações de transporte para fins de prostituição. A decisão foi anunciada pelo juiz Arun Subramanian, em Nova York, e inclui também o pagamento de uma multa de US$ 500 mil. Diddy já cumpriu 1 ano e 17 dias da pena, pois está preso desde setembro de 2024. O músico, ícone do hip-hop dos anos 1990, foi absolvido das acusações mais graves, como tráfico sexual e conspiração para extorsão.

Durante a audiência, o juiz destacou que, apesar da trajetória de sucesso do artista e de sua relevância cultural, era necessária “uma sentença substancial” para demonstrar que abusos contra mulheres têm consequências legais severas. Subramanian rejeitou a versão da defesa de que os episódios eram consensuais, ressaltando que Diddy abusou de mulheres emocional, física e psicologicamente. O magistrado ainda elogiou a coragem das vítimas, afirmando que seus testemunhos inspirariam futuras gerações.

O processo teve grande repercussão pública, e dezenas de pessoas aguardaram a leitura da sentença do lado de fora do tribunal. A promotoria havia pedido uma pena de 135 meses (11 anos), enquanto a defesa defendia 14 meses de prisão. O juiz optou por uma decisão intermediária, considerando os feitos de Diddy como artista e empresário, mas também a gravidade de seus crimes.

Em seu discurso, Diddy disse estar arrependido e afirmou que pretende mudar sua trajetória. “Não posso mudar o passado, mas posso mudar o futuro”, declarou. Ele agradeceu ao júri e disse acreditar na possibilidade de transformação pessoal. Advogados de vítimas como Cassie Ventura destacaram que, apesar de a sentença não apagar os traumas, representa um passo de reconhecimento e justiça.

A defesa ainda tentou reduzir a pena, alegando que o rapper sofreu traumas de infância, como o assassinato do pai quando ele tinha três anos, e reforçou seu impacto positivo na música e em projetos sociais. Ainda assim, o tribunal concluiu que os abusos cometidos ao longo de anos exigiam punição proporcional, reafirmando o compromisso da Justiça americana com a responsabilização de crimes de exploração sexual.

Leia mais

📢 Cobertura do Porto Alegre 24 Horas

Quer acompanhar as principais notícias do Brasil e do mundo em tempo real? Conecte-se ao Porto Alegre 24 Horas nas redes sociais:

📰 Siga também no Google News para receber nossos destaques direto no seu feed.