O ditador Nicolás Maduro declarou que a Venezuela possui cerca de 5 mil mísseis Igla-S de fabricação russa, prontos para uso em defesa do país diante do que chamou de ameaça militar dos Estados Unidos.
O anúncio ocorre após os EUA enviarem, no início de setembro, contratorpedeiros, embarcações com forças especiais e um submarino ao Mar do Caribe, com o objetivo de combater o que Washington descreveu como “lanchas narcoterroristas” provenientes da Venezuela.
Em discurso transmitido pela televisão estatal, Maduro afirmou que qualquer potência militar reconhece o poder do Igla-S, sistema portátil de defesa aérea capaz de derrubar aviões, helicópteros e drones em baixa altitude. Segundo ele, os mísseis estão posicionados em “postos-chave da defesa antiaérea” e mantidos por operadores treinados para garantir a prontidão.
O presidente venezuelano classificou as ações dos EUA como ameaça e assédio, afirmando que os norte-americanos buscam sua derrubada. “A Venezuela enfrenta a ameaça militar mais letal de sua história”, disse.
Por sua vez, o presidente Donald Trump comentou que considera ataques a narcotraficantes que operam por terra, afirmando: “Vamos golpeá-los muito duro quando vierem por terra. Ainda não experimentaram isso”.
A escalada de declarações reforça a tensão entre Washington e Caracas, em um contexto de movimentações militares e alertas sobre segurança regional.



