Servidores municipais de diversos setores protestaram na tarde desta terça-feira em frente à Prefeitura de Porto Alegre contra o “pacotaço” do prefeito Nelson Marchezan Júnior. Cerca de 3 mil manifestantes se reuniram no Paço Municipal e, com apitaços, vuvuzelas e vaias, pediram a saída de Marchezan da Prefeitura e definiram a gestão como “inimiga dos porto-alegrenses”.
Os servidores municipais são contrários a pelo menos três projetos de lei encaminhados pelo Executivo à Câmara de Vereadores. Dois deles dizem respeito diretamente à data e ao pagamento dos servidores municipais e extingue a chamada licença-prêmio, ambos com proposta de alteração à Lei Orgânica Municipal. E o terceiro, que também pretende alterar a Lei Orgânica, abre a possibilidade de concessão dos serviços de água e esgoto da Capital.
Foto: Mauro Schaefer
Os protestos também atacam o corte da gratuidade na segunda passagem do transporte público, decretado pelo prefeito na semana passada. De acordo com o diretor-geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), Jonas Reis, “o que o prefeito está fazendo em Porto Alegre é uma vergonha”. “É um absurdo o que ele quer fazer com o Estatuto do Municipário. Não vamos aceitar estes ataques”, ressaltou Reis.
Lideranças sindicais admitem que uma greve geral no funcionalismo não está descartada. Uma assembleia da categoria, a ser marcada ainda, vai definir a pauta de reivindicações. Um carro de som foi deslocado pelo Simpa para engrossar o coro contra Marchezan.
Marchezan evitou falar sobre o parcelamento de salários e justificou o projeto por conta “da gravidade da situação das finanças do município”. “É insustentável”, ressaltou. (Correio do Povo)