Elas ainda são minoria, 290 em um universo de 1.060 funcionários. No segmento da fiscalização, 79 entre os 447 agentes de trânsito e transporte. Mesmo assim, as mulheres cada vez mais ocupam postos de comando na Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). A arquiteta Carla Meinecke, diretora técnica da empresa, e a agente Ana Decavata, chefe de equipe do Posto de Controle de Fiscalização da Área Central (PCA) da cidade, são dois exemplos de capacidade e liderança a serem destacados no mercado de trabalho, ainda mais neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher.
Funcionária da EPTC há 18 anos, inicialmente na função de técnica de trânsito e transporte, posteriormente na coordenação do planejamento da região Norte, depois como gerente de trânsito e circulação, atualmente diretora técnica da empresa, responsável pela elaboração e implantação de projetos de mobilidade na cidade, a arquiteta Carla Meinecke afirma que nunca sofreu discriminação em seu trabalho pelo fato de ser mulher. “As mulheres sempre tiveram espaço para progredir na EPTC. Hoje não é diferente. Além da capacitação profissional, o importante é o envolvimento e o comprometimento com o que se faz e querer fazer a diferença, e isso não depende de gênero”, afirma.
A agente de fiscalização de trânsito Ana Decavata, há oito anos na EPTC, desempenha atualmente a função de chefe de atividades do PCA Centro. Ela lidera um grupo de 26 agentes, todos homens, na função de qualificação do trânsito na área Central, região de intensa movimentação no trânsito. Mas não vê problema nenhum. “Todos os colegas me conhecem bem. Nossa relação é ótima. Faço questão de estar sempre ao lado deles, no dia a dia das ruas, onde as coisas realmente acontecem. E a gente, presente nas ruas, pode orientar melhor a população, ajudar as pessoas”. Discriminação pelo fato de ser uma agente mulher? “Já sofri sim, de alguns condutores. Aquela do tipo lugar de mulher é na cozinha, lavando louça. Mas a imensa maioria dos motoristas respeita a nossa função. O importante é sempre manter o foco, gostar daquilo que a gente faz. E eu me realizo plenamente como agente de fiscalização da EPTC”, afirma.
