Protestos de caminhoneiros refletem nos setores industriais

Protestos de caminhoneiros refletem nos setores industriais

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A manifestação dos caminhoneiros contra a alta do preço do diesel chega a seu segundo dia com 18 pontos de rodovias federais bloqueados somente no Rio Grande do Sul. As maiores concentrações de motoristas se encontram na BR-285 que conta, neste momento, com 7 pontos de trânsito interrompidos.

O panorama já reflete no escoamento de produções agrícolas e industriais do Estado. O Sindicato da Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul, por exemplo, se manifestou oficialmente a respeito dos possíveis prejuízos resultantes da paralisação. Conforme o Presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a categoria já deve registrar prejuízos a partir de amanhã.




“Nós temos caminhões parados com leite dentro, nós temos informações que não tem caminhões nossos indo para o interior para coletar leite com receio de não conseguir passar pelas barreiras e isso tudo tem prejudicado o setor porque nós temos 48 horas para o leite sair da casa do produtor e chegar na indústria. São diversos senários dentro do Estado denunciando a gravidade desse movimento, a gente entende o motivo, acha até justo pelos custos, mas o setor lácteo já é um setor que teve prejuízo”, explica o presidente do Sindilat.

Já a General Motors, com sede em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, paralisou algumas linhas de produção em função da falta de componentes. Por meio de nota, a empresa afirma que “o movimento dos caminhoneiros está impactando o fluxo logístico em suas fábricas no Brasil, com reflexo nas exportações”.




Até o momento, não houveram manifestações em rodovias estaduais. Apenas caminhoneiros parados, aglomerados às margens da rodovia, em diversas regiões do Rio Grande do Sul. No entanto, durante a última madrugada, um caminhoneiro que passava na BR-101 não parou e teve o veículo atingido por pedras e extintores.

“Começaram a jogar extintor, pedra, tudo o que for pensar. Quebrou o vidro, me assustou bastante. Eles podem protestar, mas não com essa violência”, comenta o caminhoneiro.

O preço médio do litro de gasolina comum no Rio Grande do Sul é de R$ 4,23. Já o último levantamento do óleo diesel na Capital Gaúcha aponta o valor médio de R$ 3,55 o litro. (Band)



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