O Dia Nacional do Voluntariado, comemorado na quarta-feira, foi marcado por uma ação de aproximação entre as organizações sociais do setor e a população de Porto Alegre. Um evento especial, organizado pela ONG Parceiros Voluntários, movimentou o Largo Glênio Peres, na Região Central da cidade.
Pelo menos dezessete das entidades filiadas ao órgão estiveram no local, onde mostraram ao público o resultado de seu trabalho e buscaram conscientizar as pessoas quanto à importância do ato. A coordenadora do Programa de Fortalecimento da Teia Social na Parceiros Voluntários, Graziela Nardes, afirma que o povo gaúcho já é, naturalmente, muito engajado nas atividades.
“O gaúcho é extremamente engajado quando se fala de voluntariado. Não é à toa que nós temos mais de 500 mil voluntários que já passaram pela Parceiros Voluntários e mais de 8 mil pessoas beneficiadas. Mas isso ainda é muito pouco frente a todo potencial que nós temos. Então eu acredito que através desses momentos, desses eventos, a gente consegue estar levando a importância de ser voluntário e de conhecer um pouco mais da Parceiros Voluntários. Então basta entrar no site para saber todas as formas que pode estar contribuindo, de como colaborar e de que forma a Parceiros pode estar levando essas informações.”
A Associação Gaúcha dos Familiares e Pacientes Esquizofrênicos, que é a organização mais antiga no escopo da Parceiros Voluntários, foi um dos destaques da mobilização. A entidade luta para combater o estigma das pessoas quanto às doenças mentais, além de auxiliar no processo de adaptação das famílias aos recém diagnosticados.
A presidente da AGAFAPE, Marília Coelho Cruz, relata que deu início ao trabalho voluntário a partir da descoberta de que o filho é esquizofrênico. Ela afirma que, além das resistências sociais quanto ao tema, a invisibilidade do tema é um problema constante no dia-a-dia de quem convive com a doença.
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“É porque é muito mais fácil tu não te envolver com o que tu não conhece, e quando tu conhece tu é obrigada a te envolver. As pessoas se omitem disso, então é uma autodefesa: ‘eu não quero sofrer então melhor não saber’. Essa movimentação de pessoas maravilhosas convivendo no meio do mundo não aparece nunca. Por isso, nós mães somos gratas por essa oportunidade.”
Além da continuidade na ampliação dos trabalhos feitos a nível local, a Parceiros Voluntários começa, também, a ampliar as suas atividades em todo o Brasil. A ONG conta, agora, com um escritório em São Paulo, e deve intensificar a execução de projetos no setor a partir da instalação na maior cidade do país. (Aristóteles Júnior | Band)



