Vacina de Oxford é segura para idosos e gera resposta imune, diz estudo
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Vacina de Oxford é segura para idosos e gera resposta imune, diz estudo

Resultado foi publicado na revista científica “The Lancet” nesta quinta-feira. Vacina está na última fase de testes no Brasil

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Um estudo feito com 560 participantes, incluindo 240 pessoas com mais de 70 anos, mostrou que a vacina ChAdOx1 nCoV-19 (ou AZD1222), que é produzida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford contra a Covid-19 e está em testes no Brasil, mostrou segurança e induziu “uma forte resposta imune” em idosos durante a fase 2 de testes.

O artigo foi publicado nesta quinta-feira (19) na revista científica “The Lancet”. A fase 2 dos testes de uma vacina verifica a segurança e a capacidade de gerar uma resposta do sistema de defesa. Normalmente, ela é feita com centenas de voluntários.

O coautor do estudo, Maheshi Ramasamy, disse que o resultado em idosos é encorajador. “As respostas robustas de anticorpos e células T vistas em pessoas mais velhas em nosso estudo são encorajadoras. Esperamos que isso signifique que nossa vacina ajudará a proteger algumas das pessoas mais vulneráveis da sociedade, mas mais pesquisas serão necessárias antes que possamos ter certeza.”

Segurança e resposta imune

No estudo, os 560 participantes saudáveis foram divididos em 10 grupos onde receberam a vacina em dose baixa ou padrão, ou uma vacina de meningite (o grupo controle). Os participantes com mais de 55 anos também foram divididos em grupos e receberam uma única dose da vacina, ou duas doses com 28 dias de intervalo.

O objetivo principal foi avaliar a segurança e a resposta imune da vacina, sobretudo em idosos. Segundo os pesquisadores, reações adversas como dor de cabeça, dor muscular, febre, foram mais comuns em adultos com menos de 55 anos. Ou seja, a vacina da Oxford parece ser melhor tolerada em pessoas com mais de 56 anos.

Sobre a resposta imune, o estudo observou que ela foi semelhante em todas as faixas etárias após a segunda dose. “As respostas de anticorpos foram induzidas em todas as faixas etárias e foi reforçada e mantida 28 dias após a vacinação de reforço, incluindo o grupo com 70 anos ou mais”, diz o documento.

Os pesquisadores apontaram a falta de mais voluntários com mais de 80 anos e a exclusão de pessoas com doenças crônicas como limitações do estudo. (O Sul)

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