A Justiça determinou que a adolescente de 15 anos acusada pela morte da amiga, Isabele Guimarães, de 14 anos, irá cumprir pena máxima, prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, de três anos em regime socioeducativo. A jovem morreu em julho de 2020, após um suposto disparo acidental no rosto dentro de um condomínio de luxo, em Cuiabá (MT).
Na decisão, a juíza destacou que a acusada demostrou frieza, hostilidade, desamor e desumanidade ao tirar a vida da amiga. Assim ela será punida por ato infracional.
Em depoimento, a jovem alegou que a arma seria de seu namorado, de 16 anos, na época. Segundo a polícia, todos praticavam tiro esportivo. A acusada teria visto a vítima indo para seu quarto, no momento em que decidiu guardar a arma deixada pelo namorado. Em determinado momento o disparo acidental aconteceu.
Entretanto, a polícia encontrou falas desencontradas do pai da acusada. Durante uma ligação para a equipe de resgate, o homem teria dito que a vítima havia caído no banheiro, batido com a cabeça e que perdeu muito sangue.
A versão contraria a cena encontrada pelos peritos, o que pode indicar que tenha havido adulteração do local. Além disso, foram encontradas marcas de sangue em algumas roupas que, de acordo com a polícia, foram escondidas na casa de uma vizinha.
O pai da acusada foi preso após a polícia encontrar um arsenal de seis pistolas no apartamento. Ele pagou fiança e responde em liberdade provisória por porte e posse ilegal de arma e entrega de arma para menores de 18 anos. (R7)