Ugeirm denuncia alto risco de contágio nas delegacias, que seguem lotadas de presos
Foto: Ugeirm/Divulgação

Ugeirm denuncia alto risco de contágio nas delegacias, que seguem lotadas de presos

Na avaliação da direção da Ugeirm, as medidas de restrição anunciadas pelo governador Eduardo Leite (PSDB) para tentar deter o avanço da pandemia no Rio Grande do Sul parecem não valer para os servidores e servidoras da Polícia Civil.

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Do Sul21

O Sindicato dos Agentes da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (Ugeirm) denunciou nesta quarta-feira (17) que as delegacias continuam lotadas de presos, mesmo com o Estado sob bandeira preta, que indica risco gravíssimo de contágio pelo novo coronavírus. Somente na semana passada, informou o sindicato, seis policiais civis morreram em decorrência da covid-19. “Manter essa quantidade de presos nas delegacias é potencializar uma catástrofe que já está acontecendo no nosso Estado”, alertou a entidade em nota que denuncia a situação. Pelo levantamento do sindicato, neta quarta, as delegacias somavam 81 presos em suas carceragens.

Na avaliação da direção da Ugeirm, as medidas de restrição anunciadas pelo governador Eduardo Leite (PSDB) para tentar deter o avanço da pandemia no Rio Grande do Sul parecem não valer para os servidores e servidoras da Polícia Civil. “Esses profissionais continuam convivendo com Delegacias sem restrição de acesso, com celas lotadas de presos e sem vacinação a vista”, afirma ainda o sindicato.

Segundo o relato da entidade, um dos casos mais graves é o da DPPA de Canoas, na Região Metropolitana, que, na manhã desta quarta-feira, tinha 22 presos na carceragem da delegacia, constituindo um foco potencial de covid-19 para toda a cidade. Os policiais definem a situação como “absurda”, considerando o atual quadro de avanço da pandemia no Estado, especialmente na Região Metropolitana.

“Com a nova variante do coronavírus, que tem um poder de contágio mais de duas vezes maior, isso é flertar com a possibilidade de uma explosão de casos na cidade. Concentrar presos, que normalmente não usam máscaras, em um local fechado, sem nenhuma ventilação, com espaço reduzido, é convidar que o vírus se propague de uma forma absurda. Essa propagação pode se espalhar pela cidade, afinal, os policiais voltam para suas casas ao final do seu plantão”, denuncia a Ugeirm.

A Justiça já determinou o esvaziamento de todas as carceragens das delegacias do Estado, o que, na prática, até agora não aconteceu, protesta o sindicato:

“Parece que as decisões judiciais, assim como a bandeira preta, não valem para os Policiais Civis. A situação atual é uma prova disso. A sociedade, o Judiciário, o Legislativo e o Ministério Público precisam tomar uma atitude urgente. Se a vida dos policiais e das policiais não consegue sensibilizar as pessoas, talvez a possibilidade de um agravamento ainda maior da Pandemia seja capaz de fazer alguém tomar alguma providência imediata”.

*Com informações do Sindicato dos Agentes da Polícia Civil do RS (Ugeirm)

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