Eduardo Leite pede ao Supremo para intimar Bolsonaro por difamação
Foto: Reprodução | Facebook

Eduardo Leite pede ao Supremo para intimar Bolsonaro por difamação

O chefe do Executivo teria ironizado Eduardo Leite, em entrevista, devido ao dinheiro público destinado à Saúde no Rio Grande do Sul

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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), abriu um pedido junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para intimar o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) a responder o porquê de questioná-lo sobre onde teria “enfiado” o dinheiro destinado à Saúde no estado.

A fala de Bolsonaro à qual se refere Leite foi dita durante uma entrevista, no início do ano, cedida ao jornalista José Luiz Datena, da TV Band. “Onde o Leite enfiou essa grana? Eu não vou responder pra ele, né. Mas eu acho que é feio onde ele botou essa grana toda aí”, ironizou o presidente da República.

Em outro momento da entrevista, Bolsonaro se referiu a Leite como se o governador tivesse esquecido das questões de saúde pública no Rio Grande do Sul.

“Tem estado, como o Rio Grande do Sul, por exemplo, que estava há quase três meses atrasando a sua folha de pagamento… o governador Leite botou em dia sua folha de pagamento e se esqueceu da saúde, por exemplo”, declarou o chefe do Executivo federal.

A ação protocolada por Eduardo Leite ao STF considera que o discurso proferido por Jair Bolsonaro tenha sido ambíguo, “a partir do qual pode defluir a insinuação da prática, pelo gestor estadual, do crime consistente no emprego irregular de verbas ou rendas públicas”.

Além disso, Leite julgou a fala do presidente, a depender da interpretação, como um ato de “difamação por narrar fato relacionado à possível destinação do recurso, a justificar a necessidade de explicações, mormente diante da enorme repercussão nas mais diferentes mídias”.

Ao fim do texto, o governador explicou ainda que não é toda a verba de um estado que pode ser destinada a uma pasta.

“A autoridade federal imputa ao governador a prática de atos que não encontram respaldo na realidade, uma vez que, por óbvio, não são todas as receitas contempladas no orçamento do estado do Rio Grande do Sul que podem ser utilizadas na área da saúde, existindo outras vinculações, inclusive constitucionais, que devem ser cumpridas”, finalizou. (Metrópoles)

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