Direto da redação:
Pelo menos 16 cidades do estado do Rio Grande do Sul suspenderam as aulas presenciais do forma total ou parcial após aumento de casos e internações por covid em suas regiões ou por casos registrados em escolas. Nos Campos de Cima da Serra, a associação que representa os 10 municípios da região decidiu pela suspensão a partir de quarta-feira (19). Segundo o presidente da Associação dos Municípios dos Campos de Cima da Serra e prefeito de São José dos Ausentes, Ernesto Valim Boeira, a decisão foi tomada para evitar o agravamento da pandemia na região.
A suspensão é por tempo indeterminado. Desde quinta-feira passada (13), estamos registrando aumento de internação e de pessoas que testaram positivo — relata o prefeito. Esta suspensão vale para as redes municipais, estaduais e privadas dos seguintes municípios: Bom Jesus, Campestre da Serra, Esmeralda, Ipê, Jaquirana, Monte Alegre dos Campos, Muitos Capões, Pinhal da Serra, São José dos Ausentes e Vacaria.
Em nota, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informou que “diante da ocorrência de casos suspeitos/confirmados de covid-19, as autoridades de saúde municipais são imediatamente comunicadas pelo COE-E local, formado por membros da comunidade escolar, e pela respectiva Coordenadoria Regional de Educação”.
Segundo a Seduc, a decisão sobre o fechamento temporário de escolas é tomada em acordo entre representantes da educação, saúde e administração municipal.
De acordo com o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, os municípios que suspenderam aulas contrariam o novo decreto do governo e o Executivo pode entrar com ações na Justiça para a retomada das aulas presenciais. Costa diz, ainda, que os municípios só podem decidir pelo fechamento de escolas se já fecharam, antes, todos os demais serviços essenciais da cidade. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) afirma que irá avaliar caso a caso.
As escolas do Estado voltaram a ter aulas presenciais após a publicação de um novo decreto por parte do governo, colocando o RS em bandeira vermelha no modelo de distanciamento controlado.
O ensino presencial estava proibido por decisão judicial enquanto vigorasse a bandeira preta. Por considerar a educação uma prioridade, o governo alterou a bandeira em todas as regiões, permitindo a retomada das atividades presenciais. (GZH)