PF investigará eventual interferência nas investigações do caso do ex-ministro da Educação
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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PF investigará eventual interferência nas investigações do caso do ex-ministro da Educação

A PF não informou quem estaria tentando realizar a intromissão.

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A Polícia Federal informou que foi aberto um procedimento apuratório para verificar suposta tentativa de interferência na Operação Acesso Pago, que investiga eventual esquema de tráfico de influência montado no Ministério da Educação. Durante a ação, deflagrada na quarta-feira (22), o ex-ministro Milton Ribeiro foi preso, em Santos, no litoral de São Paulo.

De acordo com a corporação, surgiram “boatos” de que está em andamento uma tentativa de interferir nas diligências. A PF não informou quem estaria tentando realizar a intromissão. Os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos também foram presos quando a operação foi deflagrada.

“Considerando boatos de possível interferência na execução da Operação Acesso Pago e objetivando garantir a autonomia e a independência funcional do Delegado de Polícia Federal, conforme garante a Lei nº 12.830/2013, informamos que foi determinada a instauração de procedimento apuratório para verificar a eventual ocorrência de interferência, buscando o total esclarecimento dos fatos”, destaca o texto.

Milton Ribeiro foi solto nesta quinta-feira (23) após decisão do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Uma das suspeitas que levou ao encarceramento se refere a uma transferência bancária que Milton recebeu de Arilton. A defesa do ex-ministro alega que os valores se referem a uma operação de venda de um veículo, que ocorreu de maneira “legal e totalmente lícita”.

“Decisão superior”

Em mensagem interna a colegas da PF, o delegado Bruno Callandrini disse que houve “decisão superior” para que Ribeiro não fosse transferido para Brasília, conforme determinação judicial.

Em razão da “decisão superior”, escreveu o delegado, ele deixou de ter “autonomia investigativa e administrativa para conduzir o Inquérito Policial deste caso com independência e segurança institucional”.

“Falei isso ao chefe do CINQ [Coordenação de Inquérito nos Tribunais Superiores, da Polícia Federal] ontem, após saber que, por decisão superior, não iria haver o deslocamento de Milton Ribeiro para Brasília e manterei a postura de que a investigação foi obstaculizada ao se escolher pela não transferência de Milton a Brasília à revelia da decisão judicial”, escreveu o delegado na mensagem. (O Sul)

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