Número de pessoas em extrema pobreza mais que dobrou em Porto Alegre
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Foto: Reprodução | RBSTV

Número de pessoas em extrema pobreza mais que dobrou em Porto Alegre

Número de pessoas que vivem em famílias com menos de R$ 105 per capita mensais cresceu 28% nos últimos quatro anos

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Matinal Jornalismo

O número de pessoas em situação de extrema pobreza em Porto Alegre mais que dobrou entre 2012 e 2021, de acordo com a 9ª edição do Boletim de Desigualdades nas Metrópoles. Segundo o levantamento, o total de pessoas vivendo nesta situação saiu de 57,2 mil para 145,6 durante o período. No ano passado, o recorte para definir o grupo valia para aqueles que tinham renda mensal de até 160 reais por pessoa em casa.

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A tendência de crescimento da extrema pobreza foi nacional. Em 2021 eram, no conjunto das 22 Regiões Metropolitanas do país, 5.280.733 pessoas nesta situação. Já a categoria pobreza, que considera a renda per capita em casa de até 465 reais, bateu recorde no país, atingindo quase 20 milhões de pessoas.

Em Porto Alegre, a média geral de renda caiu pelo terceiro ano consecutivo, chegando a 1.947 reais. Ainda assim, deixa a capital gaúcha como a quarta com renda mais elevada dentre as pesquisadas, atrás de Distrito Federal, Florianópolis e São Paulo.

Os dados apontaram ainda que o poder de compra dos 40% mais pobres acabou corroído com o tempo. A média de rendimentos desta faixa ficou em 619 reais, equivalente a 56% do salário mínimo do ano passado, que estava em 1.100 reais. Em 2014, os 689 reais de média de rendimentos deste grupo correspondiam a 95% do mínimo em vigor, que era de 724 reais.

Menos renda, menos desigualdade – Essa queda generalizada de renda acabou por fazer com que o coeficiente de Gini, que mede a desigualdade, recuasse levemente em Porto Alegre, indo de 0,507 em 2020 para 0,491 no ano passado. Quanto mais próximo de 0, menos desigual uma região é. No Brasil, este índice é de 0,544.

No mês de setembro, o Banco Mundial apresentou sugestões de políticas a serem adotadas para reduzir a pobreza e a desigualdade no Brasil. As ideias passam de adoção de programas de recuperação escolar e reinserção de mulheres no mercado de trabalho a ampliação do investimento em saúde e inclusão financeira e digital da população de baixa renda, entre outras. Vale a leitura.

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