O verão chegou com elevadas temperaturas na capital gaúcha e, novamente, a questão do ar-condicionado nos ônibus foi pauta para discussão. Desde o agravamento da Covid-19 em março de 2020, os veículos têm a obrigação de manter as janelas abertas para a circulação do ar. Portanto, em outubro de 2022, a chegada do calor criou a expectativa de, ainda este ano, acontecer a volta dos veículos climatizados.
A decisão está nas mãos da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana que está realizando todas as avaliações técnicas e financeiras para ocorrer a aprovação. O assunto segue nos gabinetes. Segundo a prefeitura, com o novo aumento dos casos de Covid, também será necessário avaliações sanitárias.
“A equipe técnica da prefeitura está fazendo a análise técnica e financeira para avaliar a liberação e dialogando internamente com a equipe de saúde”, informou a secretaria por meio de nota.
Segundo Antônio Augusto Lovato, engenheiro de Transporte da Associação dos Transportes de Passageiros (ATP), o funcionamento de ar-condicionado nos ônibus aumenta o custo para quaseR$1 milhão por mês do orçamento que a prefeitura precisará prover às empresas de ônibus. Se este valor não for revertido para a tarifa, deverá ser somado ao que já é desembolsado pela administração municipal dos subsídios pagos à essas empresas.
Neste ano, a prefeitura informou que iria transferir R$ 100 milhões dos cofres públicos para o setor. As previsões de gastos cresceram pelo aumento de 30% no preço do diesel.
Em fevereiro de 2023 o reajuste da passagem em Porto Alegre será discutido. O que é considerado um ponto definitivo para saber se a administração municipal manterá o preço a R$4.80 é o aumento do salário dos rodoviários.
