A Prefeitura de Porto Alegre, em uma força-tarefa envolvendo diversas secretarias, notificou 26 famílias que vivem em um local de alto risco, na Travessa São Luis, na região do Partenon. De acordo com estudo realizado pelo Serviço Geológico do Brasil, vinculado ao Ministério de Minas e Energia, existem 142 áreas de risco na Capital, sendo 91 de alto risco e 51 de muito alto risco.
A ação tem como objetivo sensibilizar moradores que vivem em lugares de risco iminente. No início deste mês, um deslizamento de terra ocasionou a queda de uma árvore em quatro residências na Travessa São Luís. A partir desta ocorrência, equipes de engenharia do Departamento Municipal de Habitação (Demhab) realizaram um mapeamento e reclassificaram a área como de muito alto risco. “No nosso levantamento notamos o perigo na declividade, no tipo de solo, vegetação e, também, na vulnerabilidade pelos cortes e a situação das edificações,” ressalta o engenheiro civil do Demhab, Rodrigo Fabiano Montemezzo.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, coronel Evaldo Rodrigues Júnior, desde que o novo relatório das áreas de risco de Porto Alegre foi entregue, equipes da prefeitura estão trabalhando para buscar soluções junto às famílias que vivem em locais que precisam de ação mais efetiva. O coronel ainda destaca que essa é a primeira ação no bairro e que devido à previsão de chuva para este sábado, 27, já é um ato de prevenção. “Notificamos moradores que estão submetidos a algum tipo de risco, seja hidrológico ou geológico, em função das chuvas que estão previstas para os próximos dias,” afirma o coronel.
Um grupo de trabalho, composto pelo Demhab, Defesa Civil, Procuradoria-Geral do Município (PGM), Secretaria Municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos (SMPAE) e Secretaria Municipal de Governança Local e Coordenação Política (SMGOV) foi criado para discutir e propor estratégias e ações de enfrentamento às áreas de risco de Porto Alegre.
Segundo o secretário de Habitação e Regularização Fundiária, André Machado, a ação no Morro da Cruz reflete o princípio dos atos envolvendo as áreas de risco da cidade. “A prioridade é salvar vidas para que possamos encontrar e alcançar as soluções às famílias e, num segundo momento, na transformação da própria área,” diz Machado.
Acompanharam a visita equipes de Defesa Civil, Demhab, Gabinete da Causa Animal e Fasc.
