Homem que matou a namorada durante crise de ciúme é condenado a 15 anos de prisão no RS
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Foto: Reprodução

Homem que matou a namorada durante crise de ciúme é condenado a 15 anos de prisão no RS

Tribunal do Júri em Sapiranga chega a decisão após 11 horas de sessão

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O Tribunal do Júri da comarca de Sapiranga, situada no Vale do Sinos, proferiu uma condenação de 15 anos de prisão a um homem que, em 9 de maio de 2020, assassinou sua namorada com um tiro na cabeça. A acusação, apresentada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), argumentou que o crime, classificado como feminicídio, ocorreu durante uma “crise de ciúmes”.

A sentença considerou o homicídio como triplamente qualificado, levando em conta motivos fúteis, o uso de recursos que dificultaram a defesa da vítima e o fato de a vítima ser uma mulher. Além disso, a ocultação do cadáver também foi incluída na soma da pena.

O processo detalha que o autor, então com 25 anos, agiu de maneira premeditada, atraindo a industriária Gabriele Wilbert, de 23 anos e moradora de Araricá, para dentro de seu carro. Ele a levou para um local isolado, cometeu o crime e enterrou o corpo em uma área de difícil acesso, coberta por vegetação nativa.

Após ser preso uma semana depois, o homem inicialmente negou qualquer envolvimento no desaparecimento de Gabriele, com quem mantinha um relacionamento de quase três meses. No entanto, câmeras de segurança de um posto de combustíveis registraram que ele esteve com ela pela última vez em um trecho da rodovia estadual RS-239, na região.

Após confrontado em depoimento, o réu confessou e indicou o local onde havia enterrado o corpo, próximo à “Prainha Dourada”, às margens do rio do Sinos. Embora a arma de fogo nunca tenha sido encontrada, a perícia identificou marcas de sangue da vítima no porta-malas do carro do autor, que permanece preso desde o ocorrido.

Durante o julgamento, o promotor Bill Jerônimo Scherer atuou na acusação e, em sua réplica à defesa, apresentou uma rosa como uma homenagem à vítima.

Divergência de Percepção

Um ponto de ambiguidade no caso está relacionado à natureza do relacionamento entre o criminoso e a vítima. Enquanto o homem se referiu a si mesmo nos depoimentos como “namorado” ou “ex-namorado” de Gabriele, familiares da vítima suspeitam que eles apenas “ficavam”.

Essa dúvida surge porque a universitária costumava compartilhar detalhes de sua vida com pessoas próximas, e no entanto, nunca mencionou a existência desse parceiro.

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