Ex-jogador do Grêmio, Dinho, é condenado por corrupção passiva – Notícias
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Foto: Reprodução / RBS TV

Ex-jogador do Grêmio, Dinho, é condenado por corrupção passiva

A sentença foi proferida com base na denúncia do Ministério Público (MP), que alega que Dinho esteve envolvido em um esquema de rachadinha

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Edi Wilson José dos Santos, mais conhecido como Dinho, foi condenado pela Justiça do Rio Grande do Sul a 3 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva. Dinho é ex-jogador do Grêmio e atuou no Tricolor entre 1995 e 1997 onde conquistou importantes títulos, como a Copa Libertadores da América de 1995, o Campeonato Brasileiro de 1996 e a Copa do Brasil de 1997.

A sentença foi proferida com base na denúncia do Ministério Público (MP), que alega que Dinho esteve envolvido em um esquema de rachadinha, desviando R$ 8 mil mensais do salário de uma funcionária lotada em seu gabinete durante o período em que exercia o cargo de vereador em Porto Alegre, entre 2015 e 2017.

Devido à pena ser inferior a 4 anos, o ex-jogador poderá cumprir a sentença em regime aberto, além de pagar multa e prestar serviços comunitários. Ele tem a opção de recorrer à Justiça na tentativa de reverter a decisão.

O processo está sob segredo de justiça. O então assessor especial de gabinete de Dinho também foi condenado por peculato. Segundo a denúncia do MP, o servidor foi o responsável pela indicação de todos os cargos no gabinete do ex-vereador. Uma das indicações seria a de uma funcionária que, em acordo com o próprio funcionário, repassaria R$ 8 mil mensais, correspondentes à maior parte de seu salário, para Dinho. A sentença estima que o montante tenha alcançado aproximadamente R$ 100 mil durante o período.

Em declarações ao Ministério Público, Dinho negou as alegações, afirmando não ter conhecimento do acordo entre o assessor e a funcionária, que na época já apresentava os primeiros sintomas de Alzheimer e assumiu funções de supervisora de gabinete. Testemunhas relataram ao MP que a funcionária de fato desempenhava atividades de secretaria.

Dinho também admitiu em interrogatório não possuir experiência administrativa, delegando as responsabilidades do gabinete ao assessor, o qual, segundo o jogador, era responsável por todas as indicações. A Justiça, entretanto, reiterou a responsabilidade do ex-jogador, visto que ele era o signatário oficial das indicações, culminando na sua condenação.

Com essa decisão, Dinho perde seus direitos políticos durante o período de execução da sentença.

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